15th Anniversary of "The Temple Of The Lost Voices", bom na verdade no
proximo ano realmente faz 15 anos que criei este CD uma historia em quadrinhos
que virou o primeiro trabalho da John Armless Project seu lançamento obviamente
foi um ano depois, mas já fazíamos um grande barulho com suas musicas antes de
seu lançamento. Aos Dez anos tentei fazer uma regravação do disco mas por uma
serie de problemas não obtive o resultado esperado, e com algumas desavenças com
componentes originais não conclui o projeto, ouve alguns registros mas sem nenhuma
importância. Sei que muita gente quer saber mais desta história, então vou postar aqui
um pouco mais sobre O Templo das vozes perdidas.
Registro 2000-12-08
Sabe que
nunca vou conseguir definir se este foi o dia que comecei ou que
terminei? O tempo por aqui não passa como na dimensão da qual vim. Aqui
não há passado, presente ou futuro. As coisas podem estar acontecendo agora ou
simplesmente sendo uma repetição do que aconteceu...Acho que estou sendo
precipitado. Para início de conversa, como bom cavalheiro devo me apresentar:
meu nome é Marcel. O sobrenome não vai interessar, pois desde que vim parar
aqui poucos encontrei que pudessem se comparados a mim. O ser humano
é caçado aqui como alimento e proteção. Dizem os raptors, uma série de lagartos
humanoides (os mais bonzinhos que já encontrei por aqui, apesar de serem
predadores cruéis quando querem) que os “macacos que andam”
(somos nós, surpresa, surpresa!) são excelente fonte de carboidratos e outras coisas.
terminei? O tempo por aqui não passa como na dimensão da qual vim. Aqui
não há passado, presente ou futuro. As coisas podem estar acontecendo agora ou
simplesmente sendo uma repetição do que aconteceu...Acho que estou sendo
precipitado. Para início de conversa, como bom cavalheiro devo me apresentar:
meu nome é Marcel. O sobrenome não vai interessar, pois desde que vim parar
aqui poucos encontrei que pudessem se comparados a mim. O ser humano
é caçado aqui como alimento e proteção. Dizem os raptors, uma série de lagartos
humanoides (os mais bonzinhos que já encontrei por aqui, apesar de serem
predadores cruéis quando querem) que os “macacos que andam”
(somos nós, surpresa, surpresa!) são excelente fonte de carboidratos e outras coisas.
Às vezes, quando estou sozinho entalhando este
diário, o cheiro de gordura humana
queimada nas fogueiras é tanta que vomito
sem parar. Nesta estranha dimensão
(que chamo, por falta de nome), do Phoebos, pois parece ser sempre dia por aqui,
mesmo quando está um pouco mais escuro) as coisas são bem diferentes.
Lembro-me apenas de estar na estrada 40 a caminho da boa a velha Los Angeles,
quando algo parecido com um buraco negro (se é que posso chamá-lo assim)
apareceu do nada. Para um executivo com tudo à disposição como eu, de celulares
a guarda-costas, foi uma grande queda. “Caímos”, como diria certo livro e, de
alguma maneira, sabia que nunca mais veria o “paraíso”.
(que chamo, por falta de nome), do Phoebos, pois parece ser sempre dia por aqui,
mesmo quando está um pouco mais escuro) as coisas são bem diferentes.
Lembro-me apenas de estar na estrada 40 a caminho da boa a velha Los Angeles,
quando algo parecido com um buraco negro (se é que posso chamá-lo assim)
apareceu do nada. Para um executivo com tudo à disposição como eu, de celulares
a guarda-costas, foi uma grande queda. “Caímos”, como diria certo livro e, de
alguma maneira, sabia que nunca mais veria o “paraíso”.
Mesmo em minha dimensão, dizem as línguas das
velhas e das contadoras de
histórias que, quem encontra algo assim pelo caminho, se torna marcado pelo
resto da vida. E assim foi comigo: perdi amigos, família, confiança, vontade de
viver e por aí vai. As inevitáveis crises de existência e tentativas de suicídio
se seguiram. Cada vez que encontrava um desses buracos sentia uma vontade
irresistível de me atirar por ele e, uma vez do outro lado, começar a procurar
algo mais aproveitável para fazer com minha vida.Num dia, após mais um dia de
“caçadas” inúteis ao produto que mexe com nossas vidas, atividades remuneradas,
passei de novo pela mesma estrada 40. Mas estava a pé. De repente, sem mais
nem menos, o buraco surgiu na minha frente. Hipnotizado como um rato na
frente de uma cobra, tomei coragem e me joguei por ele. A primeira coisa que
histórias que, quem encontra algo assim pelo caminho, se torna marcado pelo
resto da vida. E assim foi comigo: perdi amigos, família, confiança, vontade de
viver e por aí vai. As inevitáveis crises de existência e tentativas de suicídio
se seguiram. Cada vez que encontrava um desses buracos sentia uma vontade
irresistível de me atirar por ele e, uma vez do outro lado, começar a procurar
algo mais aproveitável para fazer com minha vida.Num dia, após mais um dia de
“caçadas” inúteis ao produto que mexe com nossas vidas, atividades remuneradas,
passei de novo pela mesma estrada 40. Mas estava a pé. De repente, sem mais
nem menos, o buraco surgiu na minha frente. Hipnotizado como um rato na
frente de uma cobra, tomei coragem e me joguei por ele. A primeira coisa que
notei foi ter chegado a um
lugar que parecia mais o deserto do Novo México.
Três sóis queimavam a terra sem piedade. Ao longe várias ruínas de uma cidade
que parecia ter características romanas. Ao me aproximar, verifiquei se tratar de um
antigo coliseu, que já havia visto dias melhores. Uma estranha criatura, parecendo
um leão com cauda de escorpião, se aproximou. Seus modos eram ágeis mas seu
olhar parecia ser o de um ancião. Seu nome era Modeinos. Ele me levou a um lugar
coberto e cuidou das feridas de meus joelhos. Logo me contou tudo que
precisava saber sobre Phoebos. A terra inteira era uma interminável briga
de território entre espécies. Coberto apenas por um manto, pois tive que jogar
fora todas as minhas outras roupas para não chamar a atenção, tive de ir até a
tribo das Maikanás, salamandras sábias, onde diziam haver uma pítia cega que
poderia dizer como fazer para sair de lá. Porém esses iluminados parecem saber
mesmo o que falar: mas suas órbitas cegas assumiram minha direção, minha pele
se estremeceu de alto a baixo. “O que você busca”, disse a pítia, com uma voz
de quem já havia “visto” muito “só poderá ser encontrado no canto mais profundo
do "Templo das Vozes Perdidas”. Sergio Pereira
Mais adiante relatarei mais sobre os 15 anos deste disco, esperem novidades
por que tem muitas coisas por vir.José Alberto
Três sóis queimavam a terra sem piedade. Ao longe várias ruínas de uma cidade
que parecia ter características romanas. Ao me aproximar, verifiquei se tratar de um
antigo coliseu, que já havia visto dias melhores. Uma estranha criatura, parecendo
um leão com cauda de escorpião, se aproximou. Seus modos eram ágeis mas seu
olhar parecia ser o de um ancião. Seu nome era Modeinos. Ele me levou a um lugar
coberto e cuidou das feridas de meus joelhos. Logo me contou tudo que
precisava saber sobre Phoebos. A terra inteira era uma interminável briga
de território entre espécies. Coberto apenas por um manto, pois tive que jogar
fora todas as minhas outras roupas para não chamar a atenção, tive de ir até a
tribo das Maikanás, salamandras sábias, onde diziam haver uma pítia cega que
poderia dizer como fazer para sair de lá. Porém esses iluminados parecem saber
mesmo o que falar: mas suas órbitas cegas assumiram minha direção, minha pele
se estremeceu de alto a baixo. “O que você busca”, disse a pítia, com uma voz
de quem já havia “visto” muito “só poderá ser encontrado no canto mais profundo
do "Templo das Vozes Perdidas”. Sergio Pereira
Mais adiante relatarei mais sobre os 15 anos deste disco, esperem novidades
por que tem muitas coisas por vir.José Alberto
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